" Tudo começa quando um porquinho e uma porquinha gostam um do outro e dessa relação nascem porquinhos. Quando os porquinhos já não precisam dos pais, o meu pai passa a tomar conta de um.
Certo dia o meu pai comprou uma das porquinhas pequeninas à qual denominei por “Pepa”, dado que nessa altura eu assistia aos desenhos animados onde havia uma “Pepa”. E assim foi a porquinha “Pepa” foi crescendo, pois o meu pai todos os dias lhe dava mistura de cereais e algumas hortaliças.
O grande dia chegou, a “Pepa” estava adulta, crescida e bastante apetitosa. Lá em casa todos nos levantámos cedo. O meu pai vestiu uma roupa velha e calçou uns botins, eu a a minha mãe fomos com uma roupa mais usada. Enquanto me vestia, o meu pai foi à gaveta onde guarda a faca que o irá ajudar na tarefa da matança. Chegando à quinta, o meu pai fez um nó de marinheiro na corda e coloca-a no pé da “Pepa”. Existe um guincho no telhado e o pai vai puxando a corda e a “Pepa” vai ficando pendurada pelo pé. Com esta tarefa o pai pretende que a “Pepa” fique a fazer o pino com as mãos assentes no chão, sendo que, o principal objectivo é centralizar o sangue junto à cabeça da “Pepa”. O momento está pronto, o pai pega na faca e trespassa no coração da “Pepa”. Aqui entra a minha mãe que pega num alguidar e apara junto ao focinho todo o sangue que vai saindo, e que posteriormente irá ser utilizado para fazer as morcelas. Mas a mãe no alguidar já levava cebola picada que irá ajudar a temperar o sangue. De seguida deita-se a “Pepa” numa bancada e procede-se ao acto de “musgar” que envolve um maçarico e facas. Vai-se raspando os cabelos da “Pepa” que é parecido com o trabalho da esteticista. Assim, a porquinha ficou sem cabelos, com a pele lisa, mas um pouquito suja. Eu e a minha mãe vamos lavando a “Pepa” com um esfregão de arame, em simultâneo o pai segura na mangueira da água. A porquinha está pronta para ser pendura novamente, ah!, e agora é pelos dois pés. O meu pai prepara uma faca diferente e abre um rasgo vertical na barriga da “Pepa” para extrair as tripas e todos os órgãos internos, tais como: o coração, os pulmões, a língua e o fígado, a que todos chamamos “cachola”. Para terminar as tarefas deste dia, o meu pai lava o interior da “Pepa” com vinho branco e fica a secar para o dia seguinte. Enquanto isso, a mãe e eu vamos lavar as tripas. Eu seguro na mangueira, molho a mãe e as tripas lavam-se e ficam em limão e sal para no dia seguinte serem utilizadas nos tradicionais enchidos (morcelas, chouriços). Por hoje a tarefa está concluída. A avó já preparou a “cachola” com fatias num tacho de barro e todos vamos comer e depois dormir.
No dia seguinte, de manhã bem cedo, o meu pai desmancha a porca ou seja dividiu-a em febras, costeletas e entrecosto. Paralelamente, a minha mãe vai tirando alguns pedaços de carne e gorduras para elaborar o conteúdo que irá ser colocado nas tripas.
Para as tripas, já está preparada a cebola e o sangue, agora coloca-se o cravinho, os cominhos, a salsa e a carne e mexe-se tudo e deixa-se ficar até à noite. Com a enchedora que é uma espécie de funil a mãe coloca a carne na mesma e ela vai descendo pela tripa, no final ata-se a tripa e coloca-se na panela que está previamente ao lume. Coze-se as morcelas e elas estão prontas. Contudo, o chouriço tem outro caminho, corta-se a carne aos quadradinhos, coloca-se num alguidar de barro, mistura-se alho, vinho branco, sal, piripiri, colorau e louro e deixa-se a temperar durante 3 a 4 dias. Passado esse tempo todo, pega-se novamente nas tripas que correspondem ao intestino delgado e novamente com a enchedora por dentro da tripa, enche-se a mesma, atando-se à ponta. Pega-se no chouriço pendura-se num pau que o meu pai tem guardado que vai ser colocado na chaminé da avó, naquela que não desce o Pai Natal, pois o chouriço fica a curtir."
Agora vejam algumas fotos da "Pepa".
Espero que tenham gostado!!!!!!!!!!!!
2º e 3º C
Certo dia o meu pai comprou uma das porquinhas pequeninas à qual denominei por “Pepa”, dado que nessa altura eu assistia aos desenhos animados onde havia uma “Pepa”. E assim foi a porquinha “Pepa” foi crescendo, pois o meu pai todos os dias lhe dava mistura de cereais e algumas hortaliças.
O grande dia chegou, a “Pepa” estava adulta, crescida e bastante apetitosa. Lá em casa todos nos levantámos cedo. O meu pai vestiu uma roupa velha e calçou uns botins, eu a a minha mãe fomos com uma roupa mais usada. Enquanto me vestia, o meu pai foi à gaveta onde guarda a faca que o irá ajudar na tarefa da matança. Chegando à quinta, o meu pai fez um nó de marinheiro na corda e coloca-a no pé da “Pepa”. Existe um guincho no telhado e o pai vai puxando a corda e a “Pepa” vai ficando pendurada pelo pé. Com esta tarefa o pai pretende que a “Pepa” fique a fazer o pino com as mãos assentes no chão, sendo que, o principal objectivo é centralizar o sangue junto à cabeça da “Pepa”. O momento está pronto, o pai pega na faca e trespassa no coração da “Pepa”. Aqui entra a minha mãe que pega num alguidar e apara junto ao focinho todo o sangue que vai saindo, e que posteriormente irá ser utilizado para fazer as morcelas. Mas a mãe no alguidar já levava cebola picada que irá ajudar a temperar o sangue. De seguida deita-se a “Pepa” numa bancada e procede-se ao acto de “musgar” que envolve um maçarico e facas. Vai-se raspando os cabelos da “Pepa” que é parecido com o trabalho da esteticista. Assim, a porquinha ficou sem cabelos, com a pele lisa, mas um pouquito suja. Eu e a minha mãe vamos lavando a “Pepa” com um esfregão de arame, em simultâneo o pai segura na mangueira da água. A porquinha está pronta para ser pendura novamente, ah!, e agora é pelos dois pés. O meu pai prepara uma faca diferente e abre um rasgo vertical na barriga da “Pepa” para extrair as tripas e todos os órgãos internos, tais como: o coração, os pulmões, a língua e o fígado, a que todos chamamos “cachola”. Para terminar as tarefas deste dia, o meu pai lava o interior da “Pepa” com vinho branco e fica a secar para o dia seguinte. Enquanto isso, a mãe e eu vamos lavar as tripas. Eu seguro na mangueira, molho a mãe e as tripas lavam-se e ficam em limão e sal para no dia seguinte serem utilizadas nos tradicionais enchidos (morcelas, chouriços). Por hoje a tarefa está concluída. A avó já preparou a “cachola” com fatias num tacho de barro e todos vamos comer e depois dormir.
No dia seguinte, de manhã bem cedo, o meu pai desmancha a porca ou seja dividiu-a em febras, costeletas e entrecosto. Paralelamente, a minha mãe vai tirando alguns pedaços de carne e gorduras para elaborar o conteúdo que irá ser colocado nas tripas.
Para as tripas, já está preparada a cebola e o sangue, agora coloca-se o cravinho, os cominhos, a salsa e a carne e mexe-se tudo e deixa-se ficar até à noite. Com a enchedora que é uma espécie de funil a mãe coloca a carne na mesma e ela vai descendo pela tripa, no final ata-se a tripa e coloca-se na panela que está previamente ao lume. Coze-se as morcelas e elas estão prontas. Contudo, o chouriço tem outro caminho, corta-se a carne aos quadradinhos, coloca-se num alguidar de barro, mistura-se alho, vinho branco, sal, piripiri, colorau e louro e deixa-se a temperar durante 3 a 4 dias. Passado esse tempo todo, pega-se novamente nas tripas que correspondem ao intestino delgado e novamente com a enchedora por dentro da tripa, enche-se a mesma, atando-se à ponta. Pega-se no chouriço pendura-se num pau que o meu pai tem guardado que vai ser colocado na chaminé da avó, naquela que não desce o Pai Natal, pois o chouriço fica a curtir."
Agora vejam algumas fotos da "Pepa".
Espero que tenham gostado!!!!!!!!!!!!
2º e 3º C
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